terça-feira, 23 de março de 2010

Religião faz bem à saúde?

Longe de mim querer explicar esta pergunta. No máximo, o que farei aqui é expressar minha opinião sobre tal tema. E faço isso porque o assunto é bastante controverso e, por isso mesmo, a opinião de cada pessoa vale muito a pena quando se trata desse tipo de questionamento.

Já aproveitando o ensejo, alguém poderia me responder/explicar qual é o poder da religião na saúde? Existe um “poder”? Todos sabem da grande influência que a religião exerce, sendo que na prática muitas vezes isso é cada vez mais procurado. A cura através de divindades religiosas, santos, deuses, orixás, ou de qualquer coisa que proporcione melhora do ponto de vista “psicossomático e interior”, caros leitores, ainda é um recurso muito utilizdo.

clip_image002No intuito de encontrar uma nova “fonte de cura”, pessoas ainda procuram ajuda em procedimentos religiosos. Mas, será que isso funciona?

Pesquisando sobre o tema, encontrei um artigo intitulado “Religiões e saúde: a experiência da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde, que versa exatamente sobre a experiência de pessoas que obtiveram cura através da religião. Numa entrevista realizada pelo autor (José Marmo da Silva [Silva, J.M.]), me deparei com esta declaração em que o (a) indivíduo (a) diz:

"eu fui internada várias vezes e os médicos diziam que eu tinha problema de cabeça. Um dia eu fugi e fui para dentro de um terreiro de mina. Foi lá que me curei".

Outra entrevistada relatou o seguinte caso:

"Minha barriga começou a inchar e os médicos me mandaram fazer vários exames e não conseguiam saber o que eu tinha. O próprio médico acabou me recomendando procurar [um] “doutor do mato”. Eu relutei, mas fui, e lá chegando o caboclo no terreiro passou uns negócios na minha barriga e me receitou umas ervas. A barriga voltou ao normal e nunca mais tive nada".

E então leitores, qual é a opinião de vocês? O que vocês acham? É tudo mentira? Coincidência de cura? O que são estes fenômenos afinal? Precisamos ter fé para acontecer a cura?

Sempre me pergunto como estas coisas acontecem e tento responder estes questionamentos!

*SILVA, J. M. Religiões e saúde: a experiência da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde. Saúde e Sociedade [online]. vol.16, n.2, pp. 171-177, 2007.

Ricardo Durães

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5 Comentários:

Mari Costa disse...

Oi amigo
Religião é um tema muito complexo, pois quem criou a religião foi o homem, acho mais importante você acreditar em Deus, no superior supremo e praticar o bem, a religião ajuda, mas sem fanatismo, uma religião racional pode aproximar o homem mais proximo a Deus.
Bjs

23 de março de 2010 às 22:25
Henrique Oliveira disse...

A religião (a representação que fazemos de Deus) é de suma importância na vida de muita gente. E é na religião que muitos encontram a força para vencer obstáculos ditos intransponíveis...
Não é diferente na questão das curas: muitas vezes a religião é "aquela" fonte de coragem que faltava...

23 de março de 2010 às 22:29
gibranduraes disse...

Assunto bastante interessante Ricardo e também que me põe muitas dúvidas. Na minha prática clínica vejo muitas pessoas garantirem que se curaram com cirurgias espirituais ou com remédios feitos por pessoas que não são médicos ou manipuladores de fórmulas.
Resta saber também até onde o psicológico (efeito placebo) atua nessas questões, pois sabemos que o processo do organismo de auto-cura é detalhado na literatura médica.
Eu penso que o que quer que possa ajudar o indivíduo a melhorar uma enfermidade (desde que sem o devido exagero) faz sim parte de um tratamento.

24 de março de 2010 às 08:32
Ricardo Durães disse...

Certamente o esquema é você crer bastante, né? Muito importante mesmo..., lá do que a força do pensar denota muita força nestes quesitos!

Abraços!

24 de março de 2010 às 20:04
Anônimo disse...

Eu acho o tema muito interessante e muito complexo porque está relacionado com muitos fatores socioeconômicos e também com a percepção espiritual do mundo e das coisas que não conseguimos entender, pode ter relação com o efeito placebo já mencionado, mas podem ser muitos outros fenômenos atuando ao mesmo tempo em diferentes níveis psíquicos e biológicos... Abraços

28 de março de 2010 às 17:06

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