quinta-feira, 25 de junho de 2009

Sarney na corda bamba, congresso em xeque... Mais uma vez

Depois dos diversos escândalos que abalaram as estruturas já corroídas do Senado nacional o presidente da casa, o “senador-dinossauro”, José Sarney está sofrendo pressões de todos os lados para que deixe o comando do senado em nome aclamado e retórico “bem da instituição”. Nos últimos dias, além do escândalo dos atos secretos, onde os Senadores fizeram questão de não ver (e, não se enganem, isso foi uma opção) um flagrante desrespeito ao princípio constitucional (art. 37) da publicidade, o cacique maranhense está sendo acusado de acobertar um esquema de maracutaias para beneficiar os contratos da empresa do seu neto Adriano Sarney.

Adriano, que é filho do deputado Zequinha Sarney (PV-MA), teria, por meio dos negócios da sua empresa, montado um esquema fraudulento de empréstimos consignados para funcionários do próprio senado. Segundo denúncia, primeiramente veiculada pelo Estado de São Paulo, a empresa de Adriano teria ligação com as ações financeiras duvidosas então arquitetadas pelo ex-diretor de recursos humanos da casa, o Sr. João Carlos Zohgbi.

Hoje, debaixo de muita pressão, os senadores Cristovam Buarque, Pedro Simon e os senadores do partido PSOL engrossaram o coro “pró-saída” do velho senador e ex-presidente da república: "A situação do presidente Sarney é cada vez mais delicada, por isso mantenho o meu posicionamento de que ele deveria se licenciar. Não podemos julgá-lo pelo que dizem os jornais, mas também não podemos permitir que ele presida seu próprio julgamento. O ideal é que ele se afaste até que não existam mais dúvidas sobre as denúncias", disse Buarque a Folha online.

Em outras palavras, o que se vê é que o Senado está repleto de atos escondidos, de maracutaias e de velhas práticas corruptas. Poucos são os senadores que hoje podemos não ver metidos no universo poluído e eticamente viciado do congresso nacional. Para nós, brasileiros, é de extrema tristeza admitir que os nossos parlamentares passem longe da seriedade que seus cargos exigem. Obviamente que existem exceções. Mas são, justamente, estas exceções que configuram a regra: nosso congresso precisa de uma reforma urgente!

A corda bamba que vive o senador José Sarney, nada mais é do que mais uma prova de que uma mudança de postura e, principalmente, de composição se faz necessária à política do nosso país. Não é apenas afastando umas das vespas que acabaremos com o vespeiro. Sarney é só um dos fios do novelo. Diferentemente do que afirmou á imprensa o Senador Pedro Simon, a crise do Senado não é apenas uma crise do Sarney. È sim uma crise ética da casa como um todo, da instituição Congresso. Diversos senadores e deputados estão envolvidos em ações duvidosas que tem que ser esclarecidas com urgência.

Os atos secretos e, não esqueçamos, ILEGAIS ainda se apresentam se explicação. E, como eles, muitas investigações envolvendo nossos políticos se encontram travadas ou, mesmo, transmutadas em pizza.
Não dá para continuar fingindo que nada está acontecendo. Chega de meros bodes expiatórios e cortinas de fumaça. Senadores e deputados têm que começar a encarar seus e erros e crimes de frente: devem ser punidos por brincarem com a paciência e o dinheiro do povo. Sarney, Simon, Zoghbi, Agaciel... Todos eles têm uma mão na cumbuca e uma parte considerável de responsabilidade pelo que esta acontecendo com o nosso legislativo: o jogo de interesse é generalizado e isso é que tem que ser combatido. Afinal, se continuarmos assim, poderemos criar o bordão: “vai um Sarney, chegam mais três...”
Foto: RoneyB
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