sexta-feira, 26 de junho de 2009

Projeto de lei visa controlar poluição industrial nos EUA


O congresso americano, por meio da sua Câmara de representantes, começou a discutir a viabilidade de um projeto de lei que pretende controlar as emissões de CO2 (gás carbônico) por suas empresas: o projeto prevê que cada empresa terá que adquirir permissões para lançar determinadas quantidades de CO2 na atmosfera. Assim, as empresas mais poluentes, se quiserem aumentar sua “cota de emissão” previamente designada, terão que desembolsar uma quantia para comprar cotas destinadas a outras empresas menos poluentes.

Outra novidade é que o montante autorizado pelo governo a cada ano para as empresas, de acordo com o projeto, deverá decrescer com o passar do tempo, o que, teoricamente, forçaria as empresas a entrar numa escala de produção industrial mais limpa.

A proposta parece viável e bem interessante do ponto de vista da proteção do meio ambiente. Porém, a oposição ao governo Obama não está vendo com bons olhos o novo projeto: conforme publicado pelo Estadão, “A oposição, do Partido Republicano, condena o projeto como um ‘assassino de empregos’ e ‘o maior aumento de impostos da história’. No início dos debates, não está claro se a lei passará ou não - apenas que a votação será apertada”.

Acima das críticas, o que esse novo projeto mostra é que o governo Obama está propondo uma mudança de “postura ecológica” para a produção industrial americana. Diferente do que fez o seu antecessor, o presidente George Bush, Obama está tentando estimular uma produção mais sustentável e menos degradante para o planeta.

Se nesta sexta feira o projeto passar pela Câmara de Representantes, Obama e os Democratas ainda terão uma árdua batalha pela frente: terão de fazer com que o projeto da nova lei seja aprovado no Senado. Será com certeza mais uma batalha ardil, já que muitos políticos americanos ainda duvidam da popularidade da futura nova lei junto á população. Os congressistas parecem temer que a nova lei venha a encarecer a produção industrial e isso venha acarretar um forte impacto na indústria americana e, principalmente, na sua geração de emprego e renda.

Mais uma vez, o modelo de produção capitalista americano se vê no dilema de aprovar ou não uma lei destinada para a proteção ambiental: o que vem primeiro, o renda e a popularidade do governo ou o bem estar futuro do planeta? Os americanos parecem ainda ter dúvidas...



Foto: Cléber Araújo
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2 Comentários:

Lelo disse...

Qualquer ação, por mínima que fosse, no sentido da diminuição de CO2 na atmosfera, já seria muita coisa, em se tratando de um país que nao assinou, sequer, o Protocolo de Quioto, nem mesmo os Protocolos em adendo. Fica para nós a esperança que os Republicanos (devem ser do tempo do Império, tal é o conservadorismo e o direitismo incontroláveis) sejam votos vencidos.
Bom tema, amigo!
Abraços

26 de junho de 2009 às 19:27
Henrique Oliveira disse...

E o planeta está precisando MUITO que ações positivas como estas saiam do papel ou do plano das idéias. Alguns outros países poluídores poderiam também começar a pensar em alternativas para limpar sua produção industrial... Isso se faz muito necessário: tão necessário quanto à nossa mudança de postura junto à nossa casa.
Se não comerçarmos a pensar mais seriamente na questão ambiental, o mundo definhará!

Obrigado pelo comentário Aurélio.
Abraço.

27 de junho de 2009 às 11:29

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