Mais sobre cotas
Vou tentar, ainda que brevemente, defender outro ponto de vista, apesar de não “provar” nada. Aliás, ninguém conseguirá provar nada sobre essa questão se levar em consideração apenas o lado “individual” do assunto, principalmente, as brilhantes trajetórias de vida, de sucesso/superação, que sem sombra de dúvidas são relevantes, mas são apenas trajetórias singularizadas. Acredito que o olhar tem que ser amplo, com uma mirada que dê conta minimamente do passado histórico-social do povo brasileiro, como diria Darcy Ribeiro, do povo miscigenado (ou mestiço).
A primeira coisa que quero apresentar se refere a um fato objetivo. Existe no Brasil uma segregação por “cores”. Pensemos um pouco. Em quais tipos de trabalhos estão normalmente empregados os negros, sobretudo, os “pretos”? Em quais bairros estão morando? Quais lugares (bares, restaurantes, shoppings, lojas, teatros, shows etc.) costumam frequentar ou ter acesso (financeiro, espacial)? E quais bens possuem com maior facilidade? Portanto, seja no consumo de produtos (e serviços), seja diretamente em postos de trabalhos, sobretudo, em grandes cargos, ou na própria estrutura de comando do país, nos postos de controle, de decisão, de gestão, muitos poucos são os “pretos” que lá estão. O que quero dizer? Que existe um fosso abissal entre culturas (ou até entre “raças”, apesar de não gostar do uso desse termo. Chego a preferir o uso do termo etnia).
Esse é um argumento extremamente objetivo, real, sem cair no mero objetivismo dos fatos, no empirismo da argumentação, para pensar em termos epistemológicos, mas apenas afirmando que se trata do mundo real, das relações sociais (concretas), da vida social no Brasil. Portanto, a sociedade brasileira é extremamente desigual e segmentada.
Vale também atrelar a esse argumento um outro que, na maioria das vezes, é colocado como contraponto. Refiro-me àquele que diz que só depende do esforço do indivíduo para alcançar qualquer posto no país. Que é isso? Mera saída “individualista”, que lança toda força ao indivíduo, produtor de si mesmo, como se ele fosse autônomo do mundo, da estrutura social, da sociedade, das instituições, e que fosse racionalmente capaz de fazer escolhas conscientes por toda sua trajetória e que em nada dependesse do mundo social circundante. Mundo esse que determina muito de sua “possibilidade” de ascensão e de composição cultural, simbólica, educacional, política, econômica etc.
Este tipo de saída sempre é usado para justificar a falta de mobilidade das pessoas, como resultante da falta de vontade e de “garra”, jogando todo o peso pelo sucesso ou fracasso no “esforço individual”. Um argumento totalmente injusto e puramente capitalista, mera abstração criada pelo sistema e por seus agentes, sobretudo, para justificar suas condições excepcionais de classe, herdadas ou adquiridas. Essa forma de (des)racionalização torna todas as pessoas iguais, as quais compartilham de um mundo similar, quase “mágico”, em que os indivíduos podem brilhar e reinar, conforme suas vontades, desejos e sonhos. É quase um mundo-cenário, onde as pessoas encenam suas realizações. Dessa forma, não se pode nem falar em desigualdades, já que todos são iguais, livres, afinal, são indivíduos, nascem assim. Logo, todos podem. Vale a máxima: “se eu consegui, todos podem...”. Independente de como será o final dessas tentativas, o que importa em demasia é a mera “possibilidade”, é o ponto de partida em comum.
Em paralelo a essas poucas questões que tratamos aqui, existe outra coisa que não pode ser deixada de lado, o Brasil por séculos teve “elites” econômicas e culturais que sempre menosprezaram as culturas e manifestações de grupos que não os seus “puros” ou “prediletos”, que substancialmente nada têm de puros, mas que foram assim classificados e consolidados.
Isto é, foi forjada uma pureza quase “racial” de herança européia, portanto, “branca” por excelência, para compor seus hábitos e perfis enquanto elite dominante do país. Tudo que não fizesse parte desse núcleo abstrato estaria fora, seria renegado e, obviamente, combatido/perseguido, também exterminado. Tudo mais faria parte do populacho, sujo, obsceno etc. Ainda hoje, determinados grupos sociais são vitimados e liquidados da vida social, quase todos compostos por “negros”, principalmente, jovens, que por não terem “utilidade social”, são descartados. Mesmo porque, é conhecido o grande contingente de desempregados e outros tantos informais, exército de reserva, para lembrar Marx, que esperam também uma oportunidade.
O sistema econômico já está saturado de empregados. Por certo, voltando, nem tudo essa “elite” conseguiu apagar ou impedir que fizesse parte de seu dia a dia. Muitas coisas dos povos indígenas e negros foram combatidas e outras incorporadas, seja na comida, na fala, nas crenças ou na cultura em geral. Não é aqui o caso de serem descritas ou aprofundadas. No geral, essas elites terminaram consolidando um tipo de “civilidade”, um tipo adequado e aceitável de vida social, de sociedade, que se lastreou numa forma conservadora e repressiva de vida, onde as partes da nação são divididas e fragmentadas por “cores”, onde cabe, normalmente, aos “negros” as partes mais laboriosas, com menos riquezas, conhecimentos e quase nenhum glamour. Nisso, haja força repressiva para conter os reclames das massas, em favelas, no campo, nas ruas, etc.
Com isso, estávamos apenas situando as linhas gerais de nossa argumentação que se delimitou em três frentes. A primeira, que se refere à discriminação e segregação de “cor” no país; a segunda, que fala do argumento individualista, em que o sucesso ou fracasso só depende de si, a via capitalista por natureza; e, a última, coloca em destaque o papel conservador, persecutório e discriminatório das elites brasileiras. Elites aqui tratadas no plural mesmo, pois não compõem, é sabido, um bloco homogêneo, ao contrário, possuem frações e variações/clivagens internas, que não cabe aqui serem explicitadas. Mesmo porque, elas não são apenas conservadoras, são também, em partes, progressistas.
Feito esses delineamentos gerais, cabe lançar nossa posição. Defendo absolutamente as COTAS, em caráter temporário, para compensar e para servir como ferramenta de conhecimento para negros e índios. Digo mais, é preciso misturar as cores (culturas e raças) nesse país, não apenas nas vielas, ruas, praias, estádios ou festas populares, como já ocorrem. É preciso misturar as “cores” nos cargos de comando, de prestígio, nos meios acadêmicos, nos postos de trabalho em geral. É preciso mexer na “elite” brasileira, quebrar sua forma monocromática, que representa muito pouco da dimensão do que é o povo brasileiro. É claro que dessa mistura muito pouco se fará do ponto de vista da diminuição das desigualdades sociais/econômicas ou culturais e políticas desse país, mesmo porque, não se está alterando a forma desigual e excludente do modo de produção capitalista. São apenas mudanças na superfície, nas frestas.
Por sinal, acho que aqui a discussão sobre como se dará a regulamentação das cotas deve ficar para depois, o que vale é sua aprovação inicial e irrestrita. Aliás, eu sempre defendia que fossem “cotas sociais”. Hoje, após reflexões, acho que pode ser uma mescla que contemple não apenas o social, mas também elementos étnicos/raciais. Algo que tem que ser debatido mais amplamente com o conjunto da sociedade, como defende Dannieslei no seu último artigo. Contanto que sejam contemplados, sobremaneira, negros e índios. O crucial é que sejam consolidas como políticas públicas, ainda que de horizonte determinado. Tem coisas que só vão mudar na “marra”. As “elites”, em suas casas confortáveis e bastante protegidas, nas “casas-fortalezas”, pouco querem saber de mexer na forma da estrutura social, ainda que na sua aparência. Elas quase sempre nem se interessam pelo assunto. Ou seja, as mudanças só ocorrem por pressão social.
Destarte, temos que unir forças e não dar espaço para oposições internas, que tratem apenas das formas de aplicabilidade do projeto. Quando se traz para o centro do debate a questão da constituição federal, aí, abre-se um espaço desnecessário para os “legalistas” de plantão, que terminam interpretando à seu modo tais leis e as usam como “camisa de força”, de modo, que nada possa ser dito de outra forma. Temos que ter cuidado com isso. Por fim, temos que lutar pelo macro e pela efetividade coletiva de determinada lei.
11 Comentários:
Meu chapa, curti seu blog!
8 de março de 2010 às 17:30Vamos ao tema:
1º Não sou negro, portanto apenas presencio os incômodos que a etnia sofre, não os vivencio. No entanto concordo com você quando se refere aos séculos de "diferenças", o que acarretou na falta de oportunidades mais dignas de trabalho e mobilidade social. Por tudo isso, acho que deve haver uma compensação, algo que force um equilíbrio, como por exemplo, as cotas (em caráter temporário, até que seja atingido o equilíbrio) nas universidades. Não concordo com cotas de emprego nesse momento, talvez sejam oportunas após duas gerações de cotistas em universidades, pois aí teríamos negros gabaritados à disputar no mercado de trabalho de igual para igual (pelo menos em termos de capacidade e conhecimento)com os brancos, e nesse momento precisariam de apoio para driblar os preconceitos.
2- Vc disse que antes era a favor de cotas sociais e mudou de opinião para apoiar as cotas para negros. Eu te pergunto: Por que uma ideia tem que anular a outra? Por que não fazemos as duas cotas? Julgo que as duas são necessárias para promover o equilíbrio.
3 - Não sou favorável de que o mundo deva ser igualitário onde todos têm o mesmo valor. As pessoas são diferentes e acho bom que seja assim. No entanto, defendo que todos possam ter as mesmas oportunidades, não pega quem não quer. Cor, religião, filosofias e princípios não devem ser fatores que impeçam o que quer que seja, mas sim o mérito individual. Certamente sou melhor que você em muitos aspectos, assim como, sem nem te conhecer, tenho certeza que vc é melhor do que eu em muitos outros.
Abração, e desculpa se me extendi
Bruno,
8 de março de 2010 às 20:39creio que temos uma linha de pensamento bem parecida.
Gostaria mesmo que as cotas fossem sociais.
Claro que o país tem uma dívida conosco, porém eu creio que ser for feito visando "raças", não resolveremos o problema e mais adiante haverão as cotas sociais.
Se o olhar dos governantes e da sociedade se voltasse com o mínimo de carinho para resolver os problemas educacionais, estaríamos dando um passo muito maior na direção de uma sociedade mais justa, através de uma educação básica o mais homogênea possível, visando um nivelamento cultural e uma capacitação profissional igual para todos. Porém, as pessoas no poder querem mesmo é que o Brasil seja constituído por uma massa amorfa e de fácil manipulação.
Parabéns! Excelente a exposição do seu ponto de vista.
Abraços
Muito bom o texto, mas também acho que o caminho a se seguir são as cotas sociais (sem subdivisão de raça/cor).
9 de março de 2010 às 10:05Parabéns ao Blog, cada vez mais interessante e incomodador.
Caro Bruno, confesso que, a apriori, imaginei que o seu texto viria combater de forma radical e intempestiva o que escrevi, de modo que cheguei até a ficar espantado ao perceber que concordamos em quase tudo. Queria apenas elucidar alguns pontos que, para leitores desatentos, se confrontados os dois textos, poderia abrir brechas a se interpretar que eu disse algo que eu não disse. Começo o meu texto citando um caso pessoal, mas gostaria que entendessem isso como mero efeito de retórica. Concordo plenamente com você que não podemos apoiar nossos argumentos em casos singulares. Não vou me alongar muito porque, na verdade concordo com quase todos os seus argumentos, só discordo de que o caminho para mudar alguma coisa efetivamente seja estabelecer uma política de cotas raciais. Repito, sou a favor das cotas, desde que sociais. Só não estou de acordo quando você se refere à constituição federal. Sou da posição de que o direito nem sempre, e na maioria das vezes, significa distribuição de justiça. No entanto, não acho que abrir espaços para os "legalistas", como você se refere, seja algo desnecessário, pelo contrário, acho que qualquer decisão, por mais estapafúrdia que seja, há que sempre se pautar pelo principio da legalidade, ainda mais quando se trata da constituição de um país.
9 de março de 2010 às 10:45Por hora é isso, um forte um abraço!!!
J. Dannieslei
Pessoal,
9 de março de 2010 às 10:48valeu pelo debate proposto. Acredito que apenas com diálogos poderemos construir opiniões diferentes e fundamentar nossas bases de pensamento. O importante é estar sempre aberto para novas reflexões, senão viraremos mais brutos que uma rocha.
Farei comentários breves sobre a exposição de vcs:
1º- caro Rodrigo Nogueira, em algumas coisas vi que suas opiniões concordam com a minha como na necessidade de políticas compensatórias. Sobre o conteúdo das COTAS concordo tb, pode ser das duas formas. Não acho que uma se contrapõe a outra, não defendi isso, na verdade, penso o contrário, se complementam. Na verdade, precisam "garantir", sobretudo, a participação efetiva de negros e índios. Temos que mexer nas "cores" e "etinias" que mais ascendem nesse país.
De fato, Rodrigo, é impossível um mundo "igualitário" stricto sensu, nem os movimentos socialistas de outrora falavam nesse sentido, exceto socialistas "utópicos". Referem-se a uma igualdade de "oportunidades", é outra coisa. As pessoas sempre serão diferentes, seja em que regime ou situação for, desde em que vivam em sociedade.
2º- Caro Max Martins: perfeitamente, concordo com vc, o caminho era para ser o educional, reforma geral na educação, principalmente no nível básico. MAs, todavia, enquanto isso não vem, temos que pensar em outras medidas, compensatórias, por excelência, como às COTAS. Mesmo porque, sabemos quão vagarosas são as mudanças nesse Brasil, só promessas.
3º- valeu Giba mais uma vez pela participação.
Colegas, no geral, esse é um daqueles debates espinhosos, em que sempre haverá lados opostos e até certezas dos dois lados, mas, será preciso ir por um caminho mesmo que adiante se volte atrás e faça diferente. Porém, acho que é preciso experimentar.
O país tem que ser mais maleável com mudanças, principalmente, nossas elites dirigentes...
abraço.
Olha,
9 de março de 2010 às 11:12eu, sinceramente, acredito que as duas linhas de argumentação, em suas "divergências" (se é que podemos usar esse termo), acabam sim sendo complementares: é preciso, como o movimento negro defende, e como o Bruno defendeu também em seu texto (que, por sinal, está muito bom), que exista uma política "compensatória". Não dá para fugir do fato de que os negros no Brasil foram e ainda continuam sendo, em muitos casos, segregados, excluídos.
Concordo quando Bruno fala que devemos mexer nessas nossas regrinhas de ascensão que, querendo ou não, tem critérios de raça - é só entrar em qualquer universidade ou grande empresa que veremos que o que estamos dizendo não é nenhum devaneio...
Mas, também concordo com o Dannieslei quando ele diz que devemos ter olhos atentos ás desigualdades sociais e não restringir isso apenas a uma questão de raça.
No fundo, creio que chego no entendimento, como já tinha feito o Rodrigo Nogueira, de que a questão da discriminação social não pode ser separada de uma dita discriminação racial. As duas têm uma raiz comum: o caráter excludente do sistema social que adotamos. Afinal, foi a partir desse "nosso" (por nosso entendam "da sociedade") pendor à injustiça social que nasceram a escravidão e os germes de todos esses problemas que tanto nos assolam...
Por isso eu digo: Política de cotas? Sim. Raciais e sociais...
Bela discussão meus caros!
Abraços
Talvez fosse até interessante tentar agradar a gregos e troianos e estabelecer os dois modelos de cotas: as sociais e as raciais. No entanto, e aqui mais uma vez vamos cair nos "legalismos" como disse o Bruno, o Estado do Rio de Janeiro já tentou implementar esse sistema hibrido, no entanto, a questão chegou ao Supremo Tribunal Federal, que por sua vez, julgou a lei que estabelecia tal politica inconstitucional. Isso porque, no final das contas, restaria no minimo cerca de 30% das vagas para a ampla concorrência. A Suprema Corte alegou que se estaria ferindo as principios da proporcionalidade e da razoabilidade. Mas, ao menos no que se refere à questão legalidade, está perto de chegar ao fim a discussão. O Supremo julgará em breve o mérito da questão, batendo assim o martelo sobre a constitucionalidade das póliticas de cotas.
9 de março de 2010 às 14:45J. Dannieslei
Pessoal,
9 de março de 2010 às 16:32gostaria apenas de reforçar o seguinte: não fosse pelo descaso com o sistema educacional em nosso país, talvez nem estivéssemos discutindo esse assunto. Talvez...
Porém, fico feliz de ver que as pessoas estão se mobilizando em torno da questão, independente de qual for o resultado.
Participar já é um grande passo para que, realmente, exerçamos nossa cidadania.
Um forte abraço a todos
Pois é Dannieslei,
9 de março de 2010 às 16:55desculpas por não fazer menção ao teu primeiro comentário, mas é que quando escrevi o teu comentário ainda não tinha sido lançado, enfim, mera questão de segundos...problemas técnicos.
Pois bem, de fato, concordamos em muitas coisas. Isso é bom. Contudo, discordo de algumas coisas, poucas. Afinal, é parte do debate, certo?
Primeiro, sobre a questão de ser ou não ser racial; como disse, acho que deve se experimentar com todo risco de trazer de volta preconceitos e outras segregações, mas o país já não é segregado? Como bem argumenta Henrique. Claro que isso será limitado e a título provisório.
A segunda coisa de rápida discordância trata das leis de um país. Tudo bem, deve-se respeitar ao máximo nossa constituição, todavia, temos que ser abertos para modificá-la quando for algo mais proveitoso para às coletividades.
Por fim, continuo achando que temos que ter cuidado com o "legalismo" (sem ofensas aos advogados e afins, longe disso); digo isso, pois sempre se encontra argumentos legais/jurídicos para barrar essa ou aquela coisa, sobretudo, quando se trata de melhorias sociais.
Ao se trazer para cena esse princípio constitucional da "proporcionalidade e da razoabilidade", pode-se ver aí um exemplo. Porque não usa esse príncipio para garantir acessos amplos aos pobres e miseráveis desse país?
é isso.
O debate está ótimo, valeu.
abraços.
Talvez seja oportuno aproveitarmos o ensejo para avaliar as vigentes politicas públicas de discriminação positiva. Um exemplo é o PROUNI, o programa universidade para todos, que concede bolsas de estudo integrais ou parciais para estudantes egressos de escolas públicas. Embora seja inegável que o programa alanvancou o acesso de um número razoável de estudantes ao ensino superior, eu ainda me pergunto se essa medida é a mais adequada. Na minha opinião, é uma boa iniciativa, no entanto, deslocada. Acho que ao invés de privilegiar o ensino superior, deveria-se, talvez até utilizando o mesmo modelo, deslocar o foco para o ensino básico, para que assim no futuro, os nossos estudantes possam se emancipar de tais medidas. Vejo o PROUNI, como um programa que visa única e exclusivamente propiciar o ensino superior, no entanto, e as próprias avaliações do MEC o comprovam, a qualidade do ensino da esmagadora maioria das faculdades particulares está muito aquém do desejável. Na verdade, acho que o Brasil embora esteja com séculos de atraso em relação à educação, padece do mal do imediatismo. Os nossos politicos parece não entenderem que nenhuma medida séria e racional no tocante à educação não terá efeitos imediatos, logo eleitoreiros, mas que a educação é um investimento a médio e longo prazo. Acho interessante e válido o PROUNI, só acho que o foco deveria ser outro.
10 de março de 2010 às 10:58Abraços
J. Dannieslei
Cotas étnicas..., apartheid social e racial?
12 de março de 2010 às 11:56Postar um comentário
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