Liberdade
Quantos já puderam aspirar
Os ares excelsos da tua atmosfera sagrada?
Talvez alguns loucos,
Na sua complexa sabedoria hostilizada,
Ousaram encher seus pulmões com este sopro divino.
Soubessem os homens
A fragrância que exala dos teus jardins,
Buscariam neles mesmos a tua porta.
Em teu solo não cresce o preconceito,
Nem a hipocrisia banha em tuas fontes.
Diante de ti todos os medos dobram seus joelhos
E enterram suas faces nas mãos.
Somente por dentro podemos te sentir
Porque são tuas, as asas de todo pensamento.
O lado de fora nos aprisiona e nos sufoca
Com sua grossa cortina de conceitos que nos obriga a tragar a mentira
A qual molda a nossa imagem para o mundo.
Somos escravos, cárceres e carcereiros.
Presos com a chave nas próprias mãos.
Enquanto nossa alma aspira pela luz
Nosso corpo estremece ao contato do primeiro raio.
Acostumamo-nos com a escuridão da masmorra
Construída com a poeira dos séculos.
Mas, é o espelho o nosso grande opressor.
Tememos a liberdade por temer a nós mesmos.
Nossos medos têm os olhos da nossa malícia.
Fugimos da maldade dos outros
Por conhecer o fel da nossa própria maldade.
Mas podemos mudar...
Somos criaturas divinas. Fomos feitos de amor!
Temos em nossa essência uma fonte perene de luz
Cuja intensidade não podemos, sequer, imaginar.
E a nossa liberdade mora nessa luz.
Só estaremos, verdadeiramente, livres
Quando a semente da sabedoria germinar em nossos corações,
Quando libertarmos o amor que há em nós
E ele nos dirá em silêncio
Que todas outras chaves estão em suas mãos.
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