sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Divirtam-se, cuidando-se

bloco_carnaval_salvador

É tempo de carnaval, e, em todos os cantos do Brasil, milhares de foliões vão se entregar a uma mistura de sensações e prazeres que muitas vezes podem trazer algumas consequências ruins à nossa saúde. Quero dar destaque aqui, a ainda grande epidemia de AIDS que assola o país: por ser uma doença transmissível sexualmente, os números de contágio em época de carnaval aumentam, principalmente entre os jovens. Nessa época de entrega, muitos esquecem ou simplesmente ignoram que a única forma de não contrair o vírus HIV é utilizando preservativos. O agravante é que muitas pessoas têm a ideia errônea de que o coquetel de remédios para tratamento tornou a doença não letal. Outro problema foi a estigmatização da doença nos anos 80, quando foi definida como uma doença de grupos de risco (homossexuais e usuários de drogas injetáveis), o que fez com que a maioria das pessoas não se vissem como alvo da enfermidade.

No entanto, segundo dados recentes do Ministério da Saúde, na última década a síndrome chegou a atingir os homens em número muito maios, e a forma de transmissão foi a heterossexua. Os registros de contágio homossexuais só são maiores na faixa etária dos 13 aos 24 anos. Já na faixa entre 13 e 19 anos as maiores vítimas são mulheres. Esses dados corroboram a tese de que a epidemia mudou suas características ao longo do tempo e de que ninguém está a salvo dela.

Como proteger os nossos jovens então? O sexo está por toda a parte: na TV, na internet, no cinema, nos anúncios publicitários. Na época de Carnaval essa exposição se exacerba e cria-se quase que uma obrigação para os adolescentes. As músicas, principalmente as nossas pérolas baianas, incentivam essa sedução precoce. A liberdade que vemos hoje não se traduz em um debate franco e aberto sobre como o sexo meramente casual acontece cada vez mais entre os jovens. Muitos pais não acreditam que seus filhos de 13 anos possam estar transando e, ainda mais, que estejam desprotegidos.

Devemos então abrir os olhos para ver como nós e nossa família somos vulneráveis, e estender a roda de discussões sobre os fatos acerca da doença. Só com um diálogo bem trabalhado, seja no grupo familiar ou de amigos, poderemos ver esses números acima mudarem. O sexo sempre vai estar ao alcance dos jovens, eles sempre vão decidir a hora de fazer, mas a forma de fazer ainda pode ser bem orientada e as consequências negativas do ato podem cair cada vez mais nas estatísticas.

GIbran Durães

 

* Para saber mais:

www.saude.gov.br

www.usesempre.com.br

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6 Comentários:

Henrique Oliveira disse...

A aids ainda mata milhares de pessoas no mundo inteiro! E o absurdo é que muitas dessas mortes poderiam ter um "antídoto": a informação...

Texto muito salutar meu caro!

12 de fevereiro de 2010 às 11:13
DIVERSOS disse...

Oi,
Amigo, Parabéns pelo post. Alerta super e sempre necessário no Carnaval! Nunca é demais lembrar!!
Bjos no coração e fica com Deus

12 de fevereiro de 2010 às 11:56
concentrado disse...

É incrível como as pessoas são cegas.

12 de fevereiro de 2010 às 12:00
Guilherme Freitas disse...

Bom artigo Henrique, alertar as pessoas sobre as maneiras de se prevenir sobre doenças é ótimo. Informação demais nunca é ruim! Parabéns e bom carnaval!

12 de fevereiro de 2010 às 14:15
Ministério da Saúde disse...

Henrique,
Você tem razão. A informação é primordial para prevenir doenças como Aids. Conheça a nova campanha do Ministério da Saúde: www.usesempre.com.br

Também estamos no twitter: www.twitter.com/minsaude

Para mais informações; fernanda.sacavacini@saude.gov.br
Ministério da Saúde.

12 de fevereiro de 2010 às 14:42
Bruno José disse...

Valeu Gibran,

muito interessante. Sempre é bom informar ...

abraço.

18 de fevereiro de 2010 às 09:11

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