quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Chuva de sapos

Carataz magnolia-sapos

No filme Magnólia (1999), do diretor Paul Thomas Anderson  e estrelado pelo ator Tom Cruise, uma cena chama bastante a atenção no desenrolar das histórias dos personagens: num certo momento, durante uma passagem importante do enredo, começa a chover sapos. Isso mesmo, milhares de sapos caem do céu como se foessem gotas de água em uma tempestade, numa das cenas de cinema mais marcantes que eu já vi nos últimos tempos. Confiram:

Parece até uma criação surrealista de Luis Buñuel. Uma daquelas liberdades poéticas em que o autor se permite uma intensa “autonomia” na hora de trabalhar  com os símbolos conformadores daquilo que chamamos de real ou de imaginário. E, no filme, com certeza, é isso mesmo: o que vemos com essa “chuva de sapos” nada mais é do que uma cena  compositora da liberdade artística de uma obra, e não uma retratação de um fenômeno.

Porém, por mais incrível que possa parecer, as chuvas de rãs, sapos e outros pequenos animais existem! São bastante raras, mas existem. A informação, bastante curiosa, é do Portal Terra: 

A causa na verdade é bem singela. As fortes correntes ascendentes de ar que encontramos nos tornados ou nas tempestades de alta intensidade podem absorver ou empurrar para cima qualquer objeto ou animal que não tenha sido suficientemente precavido para procurar um refúgio. Por isto ninguém ouve falar em chuva de toupeiras ou coelhos, que procuram abrigo rapidamente em caso de tempestade. Uma vez empurrados para o núcleo da tempestade ou tornado, as correntes ascendentes os mantêm dentro das nuvens, sendo fustigados por fortes correntes de ar até que a tempestade perca intensidade. Aí então, tudo o que tinha sido absorvido pela tempestade cede ante a lei da gravidade e cai, criando uma verdadeira "chuva".

Quando estudamos as correntes de ar que se encontram dentro das tempestades vemos que não é tão estranho que isto aconteça, já que os ventos ascendentes podem chegar a 200 km/h, capazes de lançar para o alto qualquer objeto que tenha sido absorvido. Este fenômeno já matou vários praticantes de asa-delta que, por um excesso de confiança, voaram perto demais de um tornado e acabaram sendo empurrados até seu "cume", a mais de 11 mil metros de altura.

Fonte: Terra

Ou seja, a cena marcante do filme Magnólia, mesmo sendo uma criação da composição artística, representa sim um fenômeno real. Claro que, nos dois casos, devemos fazer as devidas diferenciações e, nunca, nunca mesmo, deixar que o fenômeno acabe com a  beleza da arte. Porém, fica a notícia, que é inegavelmente interessante.

Henrique  Oliveira

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