quarta-feira, 29 de julho de 2009

A política do "jeitinho" brasileiro

O senado nacional, depois de tantos escândalos e maracutaias reveladas, vem no mostrando o quão corrompido está o nosso “jogo” político: no Brasil, parece que já virou um costume cristalizado e inamovível o velha máxima do “jeitinho” nacional. Numa eterna guerra de mordidas e assopros o nosso congresso vem provando que políticos tarimbados e antigas raposas sempre sobreviveram á base dos subterfúgios. E não foram poucas as artimanhas descobertas nos últimos tempos. Corrupção, nepotismo, tráfico de influência... Tudo isso já parece lei no andamento e no vaivém da nossa fauna política. Seja tolerando os desmandos escondidos de Sarney ou as falsas retóricas de Arthur Virgílio e da “oposição direita”, nosso cenário político se mostra cada vez mais corrompido.

Para se ter uma ideia ao nível de absurdo que chegamos, ontem, o jornal “O Estado de São Paulo” divulgou que o recém-eleito presidente da comissão de ética do senado, o senhor Paulo Duque (PMDB-RJ) tinha um assessor como funcionário fantasma dentro da própria comissão que se intitula a fiscalizadora da conduta ÉTICA (não se esqueçam da retórica) dos senadores. Segundo publicado pelo jornal, “Duque não integrava o Conselho de Ética quando transferiu o assessor de seu gabinete. Em novembro do ano passado, seu nome passava longe de qualquer especulação para presidir esse colegiado, responsável por investigar a conduta parlamentar. Ontem, o Estado procurou Luiz Eustáquio Martins [o advogado-assessor fantasma] na sala onde ficam os funcionários do Conselho de Ética. No local, a reportagem apurou que ninguém conhece o advogado. [...] O chefe de gabinete de Paulo Duque, Zacheu Barbosa Teles, admitiu que Martins, na verdade, é assessor do senador, e não do Conselho de Ética”.

Em outras palavras, essa tramóia de Duque só veio á tona porque ele se tornou presidente do famoso conselho de ÉTICA do Senado. Se a nomeação não viesse, a maracutaia do senador ficaria encoberta e, talvez, nunca seria revelada. Porque, como eu disse no início do texto, a mamata, o jeitinho brasileiro, o apadrinhamento e o nepotismo já viraram o “modus operandi” do congresso: senadores agem de ma fé como se os desvios escabrosos que cometem não fossem nada. Esbofeteiam, assim, a cara do povo como se ele fosse um lixo!

Não dá mais para a nossa política continuar nesse contexto de aceitação. È preciso que, de forma muito mais incisiva, as autoridades extirpem do governo figuras com condutas reprováveis e, até, criminosas como esta que vimos acima. No jogo “do faça que eu escondo” do Senado o único que sai perdendo (e muito) é o povo brasileiro, que, oprimido e relegado a segundo plano paga as contas e os salários de pessoas sem escrúpulos e extremamente aproveitadoras dentro de órgãos que deveriam ser públicos.

Nossos políticos estão brincando com a cara do povo. Na mesma semana em que foi pego na maracutaia, Paulo duque defendeu José Sarney disse à imprensa que "a opinião pública é muito volúvel". No entanto, a volatilidade de sua moral parece agora muito mais em pauta...

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2 Comentários:

Graça Filadelfo disse...

Olá Henrique,

Realmente é uma estupidez o que se passa no cenário político brasileiro. Para achar um parlamentar ou governante honesto é o mesmo que procurar agulha em palheiro.
Aproveitando, ofereço a você o selo Blogo de Ouro. Basta copiar no Bahia Aqui e Ali. O endereço é http://bahiaquiali.blogspot.com

Abraços,
Graça

2 de agosto de 2009 às 17:36
Unknown disse...

Tchê a sociedade é dividida em: Politicos, religiosos, ladrões e trabahadore

8 de setembro de 2009 às 13:31

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