Quem quer passagem?

Quem quer passagem?

Foi divulgado no site congresso em foco uma lista com os deputados que se locupletaram com a farra das passagens! Na lista temos diversos nomes dos mais diferentes e importantes políticos que, no uso das atribuições dos seus cargos, beneficiaram parentes e "assessores-amigos"distribuindo passagens aereas sem controle. Segundo texto publicado no site, "Parentes e assessores de ex-congressistas viajaram com passagens acumuladas durante mandato. João Alberto (PMDB-MA) usou benefício 98 vezes. Créditos de mortos também foram gastos".

Em suma, os deputados e senadores estão litralmente "farreando" com dinheiro público. Como se não bastassem os borbotões de verbas indenizatórias que jorram em seus gabinetes e que não se sabe a real aplicação, o povo agora tem que se deprarar com um jogo de favores dentre as "famílias do poder". Esse jogo de favores que premia quem for parente ou amigo de políticos no Brasil, e se utiliza das mais variadas formas para angariar benefícios. No caso da farra das passagens, o Cogresso abusava do direito de ter sua viagens custeadas pelo bolso do povo: utilizavam epúriamente recursos de cotas de Sendores / deputados mortos e, até, de ex-"congressistas" (veja a lista)!

Segundo o congresso em foco, "a cota de passagens aéreas de pelo menos 11 senadores foi usada após o término de seus respectivos mandatos. A Casa bancou 291 voos para ex-parlamentares, seus familiares, amigos e colaboradores entre fevereiro de 2007 e novembro de 2008, segundo registros parciais de empresas aéreas". Dentre os apoveitadores que participaram da farra estão o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Jorge, a presidente do Psol, Heloísa Helena (AL), e o ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz (PMDB-DF)... E por aí vai.

Não importa o partido, clã ou dissidência. Na política brasileira vale a "lei do mais safo": se te dão a oportunidade roubar, roube! Não se pode falar em postura ética quando somos omissos diante da obrigação das atribuições primeiras de todo bom governante: o respeito ao "bem comum" e ao dinheiro público! O senadores e deputados do nosso congresso, em sua lógica deturpada pela ganância, podem até achar "normal" a idéia de que seus parentes possasm viajar com o dinheiro do povo brasileiro, mas o trabalhador que paga duramente suas pasagens aéreas não concorda com isso! Quem trabalha e é honesto no país, não é conivente com os impetos oportunistas dos políticos. Os cidadãos brasileiros se revoltam com capítulos de corrupção e, mesmo não parecendo tanto quanto deveria, estão torcendo (e alguns até agindo) para que haja mais respeito à nação.

Da minha parte, duvido muito que a farra acabe tão fácil, com meras medidas de "agrado" à mídia! Verbas e mais verbas ainda são (e serão) desviadas por deputados, senadores e seus "assessores-amigos-laranjas"! Cabe à mídia e ás sérias instituições que ainda existem no país combater a festa dos calhordas! Cabe ao povo demonstrar mais sua revolta, seja no município, no Estado ou na União.