terça-feira, 12 de maio de 2009

O melhor emprego do mundo

Muita gente deve estar com inveja do britânico Ben Southall, que receberá cerca de US$ 111 mil para cuidar por seis meses de uma ilha tropical da Austrália e morar com a namorada numa mansão á beira-mar, após vencer um concurso internacional. Muitos, afobados, dizem: “esse é o melhor emprego do mundo!”

Eu retruco: não! O melhor emprego do mundo é o de deputado! Um deputado no Brasil, recebe, segundo levantamento do congresso em foco, entre vencimentos pessoais, verba para manutenção do gabinete, auxílio-moradia, passagens aéreas, despesas com combustíveis, correios, telefone e publicações, em média, R$ 99.467 por mês! Estamos falando, caros leitores, de um montante mensal que, somadas as despesas dos 513 deputados, chega a R$ 51,02 milhões. E não para por aí! Deputado não recebe apenas 13 salários como qualquer trabalhador mortal. Eles recebem 15 ordenados por ano (além do 13º, outros dois vêm como uma absurda “ajuda de custo”). Dessa forma, a cifra das despesas provocadas aos cofres públicos pelos “marajás” alcança a significativa marca anual de R$ 632,17 milhões.

Meus caros, o cargo do britânico Ben Southal, não chega nem perto das benesses que são alcançadas pelos deputados brasileiros. Além de receberem uma fortuna para custear suas empreitadas eleitoreiras e, muitas vezes, seus esquemas de enriquecimento paralelo, eles trabalham apenas três dias na semana e tem privilégio de, eles mesmos, decidirem sobre seus aumentos e direitos “trabalhistas”.

No Brasil, deputado sim tem o melhor emprego do mundo. Gasta sem limite, decide sobre os seus próprios aumentos, tem guarda-roupa, viagens, alimentação, telefone, correio e saúde de graça e... Como se não bastasse, podem optar por não fazer nada! Ficando simplesmente de papo para o ar, com as barbas de molho no “baixo clero” e vivendo a boa vida. Bem Southal se quisessem realmente ser um bon vivant na verdade, deveria tentar se transformar em deputado. Assim, ele poderia (lá na Inglaterra mesmo) viver das regalias da roubalheira, poderia viajar a compromisso e não fazer nada, cortar a grama do seu jardim, comprar comida para o seu cachorro, estrume para as plantas ou, até, alugar filmes pornôs, tudo na conta do contribuinte.

Depois era só esperar uma série de desculpas esfarrapadas e rezar para o esquecimento público chegar logo. No Brasil, como na Inglaterra, os políticos deitam e rolam com o dinheiro público. No Brasil as ditas “verbas indenizatórias” custeiam a rica rotina dos marajás, na Inglaterra deputado que gasta pode reembolsar a despesa com o dinheiro do povo! Tudo muito parecido, a não ser pelo fato de que, na Inglaterra, os partidos envolvidos na falcatrua estão ameaçados de não se reeleger!
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