A polítca do conchavos e dos tapinhas nas costas

Agora, Antônio Imbassahy, ACM neto, César Borges (que, atualmente, não é do DEM, mas carregas as marcas de fogo do carlismo), Paulo Souto e outros nomes se juntaram para formar a chapa que terá a missão de retirar o “Partido de Lula” do poder na Bahia. Para isso, os políticos já estão costurando algumas outras alianças: começaram a viajar para o interior da Bahia, em cidades onde a coligação PT-PMDB está abalada. Afinal, para o grupo “anti-PT” é de suma importância que se separem os dois partidos que até aqui formaram a chamada “base de sustentação” do governo Wagner.
Conforme publicado hoje no jornal “Correio” (do grupo comandado pela família de ACM), “ainda há muitas arestas ente o PT e o PMDB nos grotões regionais”, o que está tornando difícil uma segunda aproximação entre Peemedebistas e os aliados de Wagner para 2010.
Apesar de haver, ainda, algumas divergências (como no caso do deputado e chefe da Assembléia legislativa Marcelo Nilo, que deixou o PMDB para continuar ao lado de Wagner), são nessas áreas de instabilidade que a chapa opositora (e, não exagero dizer, oportunista) pretende se instalar para ganhar dividendos eleitorais. “Vamos aumentar a agenda nos municípios. Nossa pretensão é visitar três cidades por semana, em média”. Afirmou ao “Correio” o deputado ACM Neto.
Esse novo grupo quer, também, o apoio do Ministro e virtual candidato ao governo baiano Geddel Vieira Lima, como um de seus aliados e integrantes. Para isso, eles pretendem trazer o grupo peemedebista de Geddel para o outro lado do baile, montando assim uma chapa que muitos consideram “invencível” para 2010.
A dança política na Bahia, então, mais uma vez, vem nos mostrar que os nossos políticos não têm, sequer, uma gota de formação ideológica sólida. Pulam de partidos com a facilidade de quem atravessa uma rua (isso se a rua não for movimentada). Fazem alianças voláteis com o único objetivo de se perpetuarem no poder. Esquecem antigas desavenças, jogam de lado incongruências bastante relevantes, sempre em nome de uma coisa: a eleição.
Quem não se lembra do conturbado rompimento de Antonio Inbassahy, ex-prefeito carlista de Salvador, com o PFL, hoje DEM? Quantas vezes Geddel jurou sua fidelidade à bandeira petista na Bahia e no Brasil? E César Borges, quantas vezes teve virulentas desavenças com o PSDB? Parece que tudo nem existiu. O que eles querem, na verdade é que tudo isso caia o esquecimento. Pois assim poderão continuar com a promiscuidade que vemos todas as vezes em época eleitoral.
Está mais do que na hora de termos a fantasmagórica e tão sonhada reforma política concretizada de maneira séria. Precisamos urgentemente de um novo formato de alianças patidárias, onde apenas aqueles que tenham firmeza de caráter e conduta possam se aliar para governar os Estados e o país. Talvez isso soe como uma “vã utopia”, o como um delírio sem sedimento, mas, tenho certeza, que é nisso que devemos acreditar. Só tendo fé na mudança radical de formatos e condutas, poderemos cobrar o fim dessa bandalheira que se apresenta todos os dias á nossa frente. Afinal, a política dos conchavos e dos tapinhas nas costas, que configura essa salsada antiética e amorfa da nossa política, tem que parar...
Foto: Paulo Fehlauer
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