Sem falácias, a educação...

Como
O fato, porém, é que o governo não tem investido tudo o que deveria na qualidade da educação. O nosso país está ingressando flagrantemente em uma fase preocupante do seu parco desenvolvimento educacional. Segundo a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, existem 16 milhões de brasileiros analfabetos com mais de 14 anos de idade. Mais de 50% das crianças entre 0 e 6 anos não estão na escola, assim como 20% das pessoas entre 10 e 17 anos. E mais: informações do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) dizem que 53% das crianças com até sete anos que vivem no campo são analfabetas. Nas cidades e centros urbanos o número é de 26%.
Como se não bastasse, a política educacional deturpada aplicada desde o Governo FHC, há anos vem formando, nos quadros das nossas escolas públicas, estudantes e vestibulandos cada vez mais despreparados para os meandros do mercado de trabalho e da vida acadêmica. Hoje, quem não estuda em caros colégios particulares, vê sua formação se transformar em algo completamente desgastado. Frente aos filhos da classe média-alta do país, os estudantes pobres das nossas escolas se percebem, no final das contas, abandonados.
Outra situação de alarme é que os campi das universidades estão se degradando (haja vista nossos famosos campi da UFBA em Salvador): má conservação, sujeira e violência assustam os estudantes de muitas Universidades Públicas pelo Brasil. Além disso, os professores têm péssimas condições de permanência em seus empregos. Com salários defasados, os intelectuais que integram o corpo docente das Universidades Federais deixam, cada vez mais, seus empregos em busca de uma colocação no mercado do ensino particular.
Em suma, a educação no Brasil precisa (e muito) ser mais valorizada. Todos os governos são unânimes em se afirmar bons no quesito educacional. Porém, o que se vê na prática são esquecimentos e números ainda assustadores. Quando os governos pararem de falar e começarem a apoiar medidas reais para a melhoria da educação no país, não será mais preciso que se inventem retóricas para engabelar o povo. E só construir escolas não basta. É preciso qualificação na formação de professores, maior incentivo á produção cultural e melhorias nas próprias grades de ensino das escolas e universidades.
Talvez assim, com ações consistentes, fugiremos do castelo de cartas disfarçado que é a nossa área educacional.
Foto:http://www.flickr.com/photos/agecombahia/3563967477
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